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Prefeitura e entidades abrem os debates para atualização do Plano Diretor de Santa Cruz

A Prefeitura de Santa Cruz do Sul, por intermédio da Secretaria Municipal de Planejamento e Mobilidade Urbana, realizou nesta quinta-feira, dia 24, no auditório da Procuradoria Geral do Município (PGM), uma reunião preliminar aberta ao público para dar início ao processo de revisão ou atualização do Plano Diretor de Santa Cruz do Sul. Participaram cerca de 80 pessoas, entre engenheiros, arquitetos, entidades ligadas à construção civil, empresários, empreendedores, vereadores, secretários municipais e interessados no tema.

Como explicou o secretário municipal de Planejamento e Mobilidade Urbana, Vanir Ramos de Azevedo, que conduziu o encontro, o atual Plano Diretor é de 2019 e a revisão, por lei, deve ocorrer a cada dez anos, porém existe a necessidade de permanente atualização. Ele disse que as entidades já haviam procurado o prefeito na campanha e pediram alguns ajustes. “A proposta é antes de mais nada ouvir, oportunizar o diálogo, garantir que diferentes olhares, experiências e propostas possam compor o debate sobre o crescimento e o desenvolvimento de Santa Cruz do Sul. É uma reunião para acolher as demandas e para depois seguirmos com todos os ritos legais”, observou.

Na ocasião, a vice-presidente do Sinduscon-RS e coordenadora do Escritório Regional do Vale do Rio Pardo, Giulia Tolotti, apresentou uma proposta de melhoria elaborada pela entidade, em conjunto com a Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz do Sul (Seisc) e com a Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul (Seasc). “Muita gente tem uma visão da construção civil como exploratória e é o oposto disso, nós trabalhamos para gerar desenvolvimento”, disse.

No material, já protocolado junto à prefeitura, as entidades pontuaram sugestões com relação a aplicabilidade dos zoneamentos, possibilidade de aprovação de projetos especiais, revisão de índices construtivos, extração mineral, estacionamento e manobra de veículos, parcelamento do solo, esgotamento sanitário, manejo e drenagem pluvial. Após a apresentação, o espaço ficou à disposição para manifestações da plateia e diversas pessoas – vereadores, secretários, técnicos da construção civil e empresários – fizeram uso da palavra, apresentando suas sugestões e também críticas ao plano em vigor.

Para Roque Dick, empresário do setor imobiliário, o atual Plano Diretor vai na contramão do desenvolvimento econômico do município e ao invés de ajudar os empreendedores, acaba emperrando atividades. “Nosso plano é uma trava, é regressivo em relação ao desenvolvimento de Santa Cruz do Sul”, avaliou ele, que sugeriu a padronização dos índices construtivos e a criação de um índice de preservação do Cinturão Verde.

Durante as intervenções, as entidades também demonstraram preocupações com questões relacionadas ao código de obras, delimitação das áreas de alagamentos, encostas, impacto de vizinhança, avaliação das guias de ITBI, entre outros assuntos que, segundo Azevedo, estão recebendo encaminhamento do poder público.

Pelos próximos dez dias a Secretaria Municipal de Planejamento estará recebendo por e-mail ([email protected]) demandas e sugestões que depois serão, uma a uma, pautadas nas reuniões técnicas para dar sequência ao processo de atualização ou revisão do plano. Ele comparou o documento a uma bússola coletiva que tem como função permitir que a cidade cresça de forma ordenada, justa e sustentável, respeitando o que já foi construído e planejando com responsabilidade o que está por vir. “

O prefeito Sérgio Moraes acompanhou a reunião e afirmou que é preciso encontrar um ponto de equilíbrio para contemplar a comunidade como um todo. Segundo ele, a participação social é fundamental para garantir que o Plano Diretor seja, de fato, um reflexo do que Santa Cruz do Sul é e do que se deseja que ela continue sendo no futuro. Porém, para o êxito do processo, ela defende que é preciso deixar as paixões de lado. “São muitos interesses e teremos que chegar a um consenso. Uns pensam de forma mais apaixonada, outros estão mais preocupados com a questão financeira, outros com a preservação do verde. Todo mundo vai ter que ceder um pouco e dar uma passinho para trás para encontrarmos um meio termo. Vamos modificar o Plano Diretor de forma a orgulhar nossos filhos e netos”, disse.

Fonte
Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Santa Cruz do SulFoto: Clarissa Gomes

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