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Ministro Silvio Almeida é acusado de assédio sexual e moral; governo abre investigação

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, está sendo alvo de graves denúncias de assédio sexual e moral, conforme revelado pela organização Me Too Brasil. As acusações, que foram trazidas à tona pelo jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, envolvem diversas mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Os episódios teriam ocorrido em 2023, segundo a organização.

Em nota, o Me Too Brasil confirmou que as vítimas foram atendidas por meio de seus canais e receberam suporte psicológico e jurídico. De acordo com a organização, as denunciantes optaram por manter o anonimato, mas concordaram com a divulgação do caso. A organização destacou as dificuldades enfrentadas pelas vítimas para validar suas denúncias, especialmente em casos envolvendo figuras poderosas, como no caso de Almeida.

Além das acusações de assédio sexual, o ministro também enfrenta denúncias de ex-funcionários de assédio moral no ambiente de trabalho. Entre janeiro e julho de 2024, 52 pessoas deixaram o Ministério dos Direitos Humanos. Em entrevista ao portal Uol, ex-integrantes relataram episódios de gritos e pressões excessivas, atribuídos a Almeida, à sua chefe de gabinete, Marina Basso Lacerda, e à secretária-executiva, Rita Cristina de Oliveira.

Diante da gravidade das acusações, o Palácio do Planalto informou a abertura de uma investigação pela Comissão de Ética da Presidência da República. O próprio ministro encaminhou ofícios à Controladoria Geral da União (CGU), ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República para que apurem as denúncias.

Silvio Almeida, em nota, repudiou as acusações com veemência, classificando-as como mentiras infundadas com o intuito de prejudicá-lo e apagar suas conquistas e lutas. Ele afirmou que as denúncias carecem de provas materiais e defendeu uma investigação rigorosa. Almeida também destacou que a campanha contra ele faz parte de um esforço para descredibilizar sua imagem enquanto homem negro em posição de destaque no poder público.

Fonte
Com informações do Congresso em FocoFoto: José Cruz/ABr

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