O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou o ano de 2025 reunindo sua equipe ministerial em Brasília, nesta segunda-feira (20), com um discurso marcado por autocrítica e cobranças.
Durante a primeira reunião ministerial do ano, Lula destacou a necessidade de maior eficiência na entrega de resultados e de uma comunicação pública mais estratégica e coesa.
O encontro também serviu como espaço para avaliar ações realizadas pelo governo e alinhar os planos de ação dos ministérios. O presidente reconheceu que o governo ainda não conseguiu cumprir todas as promessas feitas à população.
Comunicação: prioridade estratégica
O presidente demonstrou preocupação com a crise de imagem que afeta o governo, agravada por fake news, como as relacionadas ao monitoramento de transações financeiras via Pix.
Para enfrentar esse cenário, Lula disse que é preciso ter um discurso único entre os ministérios, destacando a importância da chegada do publicitário Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação Social (Secom).
Sidônio, que assumiu o comando da Secom na última semana, afirmou que a harmonia entre as assessorias ministeriais será crucial para consolidar uma comunicação mais eficaz. “Não adianta um atirar para um lado e outro para o outro. Vamos trabalhar para que haja alinhamento e um discurso único”.
Um exemplo do desafio enfrentado pelo governo foi a polêmica em torno da proposta da Receita Federal de monitorar transações financeiras via Pix. Após a repercussão negativa e pressão da opinião pública, o governo recuou, reconhecendo que a controvérsia já havia se tornado um problema irreversível.
Mudanças nos ministérios e articulação política
Desde o início do terceiro mandato de Lula, sete mudanças já foram realizadas na composição ministerial, com foco no fortalecimento da base aliada no Congresso Nacional.
As trocas ministeriais são vistas como parte de uma estratégia para garantir apoio às propostas do governo e ampliar o diálogo com partidos do Centrão, especialmente de olho na eleição de 2026.
Apesar disso, até o momento, Lula não se reuniu com líderes partidários para discutir novas alterações em sua equipe.
