
O cantor sertanejo Gusttavo Lima, conhecido como o “Embaixador”, declarou sua intenção de se candidatar à Presidência da República nas eleições de 2026. Durante entrevista ao portal Metrópoles, Lima destacou que o Brasil precisa de novas lideranças para enfrentar os desafios sociais e econômicos. Sem filiação partidária até o momento, o artista afirmou que pretende iniciar conversas com lideranças políticas para viabilizar sua candidatura.
“Eu sei o que é passar necessidade e lutar por uma vida melhor. Quero oferecer ao povo a chance de acreditar em um projeto de união e progresso”, disse o cantor. Gusttavo Lima também ressaltou sua experiência como empreendedor, pontuando que pode contribuir para a desburocratização e o fortalecimento da economia brasileira. Ele também destacou que seu projeto de governo visa reduzir as desigualdades sociais e impulsionar o crescimento do setor produtivo.
Relações com a política e o agronegócio
Apesar de nunca ter ocupado um cargo político, Gusttavo Lima é uma figura próxima de lideranças influentes, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Em pleitos anteriores, o cantor apoiou publicamente Bolsonaro e, mais recentemente, o ex-coach Pablo Marçal, que disputou a prefeitura de São Paulo em 2024. Em relação ao agronegócio, setor com forte presença em sua base de apoio, Lima enfatizou a necessidade de reduzir a carga tributária e melhorar as condições para investimentos.
“Os pobres estão sem poder de compra, e o agronegócio não aguenta mais pagar impostos sem retorno em benfeitorias. Precisamos mudar isso”, afirmou o cantor.
Apoios e possíveis adversários
A possível candidatura de Gusttavo Lima despertou reações de aliados e potenciais concorrentes. O governador Ronaldo Caiado, amigo pessoal do cantor, manifestou apoio à sua decisão, destacando que a iniciativa é “normal” no atual cenário político. Durante um show em setembro, Lima chegou a referir-se a Caiado como “nosso futuro presidente”, enquanto o governador promovia sua candidatura ao Senado.
Por outro lado, Bolsonaro, inelegível até 2030, busca reverter a decisão judicial para retornar à corrida presidencial. Caso não consiga, a direita ainda não tem um substituto consolidado para liderar a disputa em 2026. Pablo Marçal, que tem planos próprios de candidatura, também é um nome em consideração nesse cenário.