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Barroso admite frustração na busca por pacificação nacional, mas afirma “absoluta normalidade institucional”

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, se mostrou satisfeito com os avanços institucionais no Brasil, mas admitiu certa frustração na tentativa de promover uma maior pacificação política e social no país.

Em discurso proferido no 18º Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado em Campo Grande (MS) nesta segunda-feira (2), Barroso afirmou que, ao assumir seus cargos no ano passado, tinha como uma de suas principais proposições a busca pela pacificação do país, especialmente após um período de intensas polarizações. No entanto, o ministro reconheceu que “alguns fatos mantiveram o país um pouco agitado”, o que dificultou esse processo.

“Eu tinha uma expectativa de que, talvez, houvesse uma volta maior à civilidade e ao entendimento, mas a verdade é que alguns acontecimentos mantiveram o país em um estado de agitação”, disse Barroso, que, mesmo com a frustração, fez questão de destacar que o Brasil vive atualmente uma “absoluta normalidade institucional”.

O ministro também enfatizou que as relações entre os Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – permanecem “independentes, mas harmoniosas”. Em sua visão, apesar dos desafios, a convivência entre as instituições se mantém sólida e funcional.

“Apesar de um pouco frustrado nesse propósito de fazer com que as pessoas todas voltassem a se sentar na mesma mesa com civilidade, o que acho que nós estamos conseguindo aos poucos, a normalidade institucional foi preservada”, afirmou.

Em tom conciliador, Barroso frisou que, embora a pacificação total ainda não tenha sido alcançada, houve avanços graduais em direção a um clima de maior entendimento, ainda que o processo seja contínuo. Para ele, a pacificação política e social é uma jornada lenta, mas que está progredindo aos poucos, com a esperança de que os brasileiros possam novamente dialogar com mais respeito e civilidade.

A declaração do presidente do STF acontece em um momento de tensões políticas no Brasil, com a sociedade ainda dividida em torno de questões como a reforma tributária, o papel das instituições e a condução da política externa. Embora Barroso tenha reconhecido essas dificuldades, sua fala também foi uma reafirmação do compromisso da Corte com a estabilidade institucional e com a construção de um ambiente de maior entendimento entre as diferentes esferas de poder.

Fonte
Foto: Divulgação/CNJcom informações da CNN Brasil

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