Em uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (22), policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ) prenderam um dos sócios de uma empresa em Três Rios, no Sul Fluminense, acusada de revender 800 toneladas de carne bovina estragada que havia ficado submersa na enchente de Porto Alegre, em 2024.
As investigações, realizadas em conjunto com a Decon do Rio Grande do Sul, revelaram que o grupo adquiriu a carne danificada no período entre maio e junho do ano passado, sob o pretexto de destiná-la à fabricação de ração animal. No entanto, o material foi desviado e comercializado para consumo humano, gerando lucros superiores a 1.000%.
Segundo os agentes, a carne estava imprópria para o consumo após ter sido exposta por dias às águas contaminadas da enchente. Ainda assim, a empresa revendeu o produto a outras companhias, sem qualquer tratamento ou descarte adequado.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou mercadorias impróprias para consumo armazenadas em um dos endereços ligados à empresa, levando à prisão em flagrante de um dos sócios por comercializar produtos estragados.
Os investigados podem responder pelos crimes de:
- Associação criminosa
- Receptação
- Adulteração de alimentos
- Corrupção de produtos alimentícios
