Caso Bolo Envenenado: perícia analisa se há arsênio em pastel, chocolates e suco levados por nora para a sogra no hospital
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul está conduzindo uma investigação após alimentos suspeitos terem sido entregues por Deise Moura dos Anjos à sua sogra, Zeli dos Anjos, enquanto esta estava hospitalizada.
A análise foi solicitada pela Polícia Civil para verificar a presença de arsênio nos itens entregues.
De acordo com informações, Zeli dos Anjos não chegou a consumir os alimentos levados por Deise, pois foi impedida por quem a acompanhava no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres.
Zeli havia sido hospitalizada após um incidente anterior em que familiares consumiram um bolo envenenado durante o feriado de Natal, resultando na morte de três mulheres.
Entre os itens coletados para investigação estão um pastel de padaria, quatro bombons, um chiclete, quatro barras de cereal, uma garrafa de suco de uva, um torrone, um biscoito de leite, além da própria garrafa do suco e o canudo utilizado.
O arsênio, substância altamente tóxica, pode causar desde intoxicação alimentar severa até complicações crônicas, como câncer, dependendo da exposição. A investigação policial revelou que Deise teria adquirido arsênio várias vezes nos últimos meses, inclusive antes de mortes ocorridas na família, o que levantou suspeitas adicionais sobre envenenamentos anteriores.
A Polícia Civil destacou que há fortes indícios de que Deise tenha praticado outros envenenamentos, incluindo o de seu próprio sogro, Paulo Luiz dos Anjos, cujo corpo foi exumado após suspeitas de intoxicação alimentar. Resultados de exames indicaram a presença de arsênio em seu organismo.
