Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, revelou que 2 a cada 10 mulheres brasileiras já foram ameaçadas de morte por parceiros ou ex-companheiros.
O levantamento, intitulado “Medo, ameaça e risco: percepções e vivências das mulheres sobre violência doméstica e feminicídio”, foi realizado pelo Instituto Patrícia Galvão em parceria com o Instituto Consulting Brasil e o apoio do Ministério das Mulheres.
Entre os dados alarmantes, destaca-se que cerca de 17 milhões de mulheres no Brasil já viveram ou ainda vivem em situação de risco de feminicídio. Entre as ameaçadas, 18% sofreram violência de um único parceiro e 3% de mais de um. Em recortes raciais, mulheres pretas aparecem como as mais vulneráveis (25%), seguidas pelas pardas (19%) e brancas (16%).
A escalada do feminicídio no Brasil
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam que o Brasil registrou 1.463 feminicídios em 2023, o maior número desde que o crime foi tipificado em 2015. Isso equivale a uma taxa de 1,4 mulheres mortas para cada 100 mil habitantes, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior.
A Lei do Feminicídio (13.104/2015) classifica o crime como o assassinato de uma mulher “por razões da condição de sexo feminino”, abrangendo casos relacionados à violência doméstica e familiar ou motivados por desprezo à condição de mulher.
