
O julgamento dos oito profissionais de saúde acusados de homicídio culposo pela morte de Diego Maradona começou nesta quarta-feira (12) na Argentina. O ex-jogador faleceu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, vítima de um ataque cardíaco, semanas após passar por uma cirurgia no cérebro. A acusação sustenta que houve negligência e imperícia no tratamento do astro do futebol.
Entre os réus estão o neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov e outros seis profissionais de saúde. De acordo com a investigação, Maradona foi mantido em uma casa sem as condições mínimas para sua recuperação e não recebeu os cuidados adequados, apesar de seu estado de saúde debilitado.
A perícia apontou que o ex-jogador “agonizou por pelo menos 12 horas” sem atendimento apropriado. Segundo o relatório da junta médica que embasou a acusação, a equipe responsável “foi deficiente, imprudente e indiferente ao sofrimento do paciente”. A defesa dos réus nega as acusações e argumenta que Maradona tinha histórico de problemas de saúde graves, incluindo doenças cardíacas e abuso de substâncias.
O julgamento deve durar vários meses e contará com mais de 120 testemunhas, entre elas familiares, amigos e especialistas. O caso tem gerado grande comoção na Argentina, onde torcedores clamam por justiça para o maior ídolo do futebol nacional.
Se condenados, os acusados podem pegar penas de até 25 anos de prisão.