Grêmio perde para o Ceará e comando de Quinteros é questionado

O técnico Gustavo Quinteros vive seu momento mais delicado desde que assumiu o Grêmio, em janeiro. A derrota por 2 a 0 para o Ceará, no último sábado (6), pela segunda rodada do Brasileirão, elevou a pressão sobre o comandante e acendeu o sinal de alerta entre torcedores e dirigentes. Apesar disso, a diretoria gremista ainda aposta na continuidade do trabalho, ao menos por enquanto.

A insatisfação da torcida ficou evidente nas redes sociais, onde críticas ao desempenho da equipe e às escolhas de Quinteros, como as insistências em Pavón e Jemerson, se intensificaram. Pavón, inclusive, foi vaiado na Arena em jogos anteriores. As críticas não se restringem às arquibancadas: o presidente Alberto Guerra também vem sendo pressionado internamente a reavaliar a permanência do técnico.

Quinteros completa três meses à frente do time nesta terça-feira (8), justamente no dia em que o Grêmio enfrenta o Atlético Grau, do Peru, pela segunda rodada da fase de grupos da Sul-Americana. O jogo é visto como crucial para estancar a crise e evitar que a tensão aumente ainda mais antes do confronto de peso contra o Flamengo, no domingo (13), também na Arena.

A diretoria avalia que o elenco ainda está em formação e que é cedo para uma ruptura. Reforços recentes e uma agenda apertada com pouco tempo para treinar são usados como argumentos a favor da continuidade.

— Há situações que vemos uma certa evolução, outras não. Isso pode ocorrer em um time em reformulação — explicou o presidente Alberto Guerra.

Quinteros tem contrato até o fim do ano, com cláusula de renovação automática em caso de classificação à Libertadores. A multa rescisória gira em torno de R$ 13 milhões, valor que também pesa na decisão da cúpula tricolor. Ainda assim, nomes como Tite, Dorival Júnior e Mano Menezes já circulam entre os mais citados por torcedores nas redes como possíveis substitutos